4 histórias de superação nos estudos que vão te emocionar
Para alguns, ter acesso aos estudos é um caminho natural e basta abrir as portas que estarão à sua frente.
No entanto, para muitos brasileiros, seja por falta de dinheiro, de oportunidades ou de alguma doença, conseguir estudar e chegar à faculdade é algo quase impossível.
QUASE impossível.
Para as pessoas citadas abaixo, o impossível é só uma questão de opinião. Veja algumas histórias de superação nos estudos a seguir e inspire-se!
Dowglas Pereira de Oliveira, 23 anos, Gurupi (TO)
Não existe ensino ruim ou falta de condições financeiras quando existe força de vontade.
Com apenas 17 anos, Dowglas é definitivamente uma histórias de superação nos estudos.
Morador de uma cidadezinha do sul do Tocantins, virou exemplo para o país inteiro ao conquistar o 1º lugar em Medicina no vestibular de 2014 de uma universidade de Gurupi.
De família humilde, desde os 9 anos ele falava para a mãe que iria ser doutor.
O fato de ter estudado a vida inteira em escola pública, nem sempre com boa infraestrutura e qualidade, poderia ter atrapalhado o sonho do menino…
Mas ele nunca desistiu.
Para o vestibular, o jovem hoje de 23 anos estudava até quando precisava tomar banho e escovar os dentes, usando tabelas com fórmulas e lembretes fixados nas paredes do banheiro.
Após passar na universidade particular, o maior desafio de Dowglas era pagar a mensalidade de R$ 2,8 mil para se manter no curso.
No entanto, a dedicação dele resultou em uma nova aprovação: passou no vestibular da Universidade Federal do Tocantins.
Assim, o jovem esforçado, então, deixou a cidade de 9 mil habitantes do Interior onde morava e partiu para a capital Palmas para realizar o sonho de cursar Medicina numa universidade federal.
Glady Maria da Silva, 53 anos, Salvador (BA)
Limitações existem para serem superadas.
Pelo menos, sempre foi assim para Glady. Mesmo portadora de uma doença chamada osteogênese imperfeita, conhecida popularmente como “ossos de vidro”, a baiana conseguiu realizar o sonho de se formar em Psicologia.
Mais do que isso, Glady já cursou duas pós-graduações na área. Nem parece que, quando criança, só conseguiu o direito de frequentar a escola aos 9 anos de idade.
Por conta da fragilidade óssea, ela já teve mais de 100 fraturas. Mas a persistência sempre foi maior que as dificuldades. Carregada de forma sempre cuidadosa por pessoas conhecidas para não ter mais uma fratura, ela frequentou a sala de aula.
Hoje, a baiana atende em um consultório particular, mas não deixa de atuar voluntariamente como psicóloga para aqueles não podem pagar pelo atendimento.
Locide das Graças Rosa de Lara, 60 anos, Novo Hamburgo (RS)
A vida nunca foi fácil para Lúcia, como é chamada pelos amigo, mas ela nunca pensou em desistir.
Depois de trabalhar como doméstica e ter lavado e passado roupa para se sustentar, ela atuou por mais de 20 anos no chão de uma fábrica de calçados – até que foi demitida.
Mais uma vez, a gaúcha ainda analfabeta precisou arregaçar as mangas e procurar outro trabalho.
Foi quando ficou sabendo da existência de um curso na modalidade EJA – Ensino de Jovens e Adultos.
Sem condições de pagar, ela batalhou e conseguiu uma bolsa de estudos ofertada por uma escola privada e começou a aprender a ler e a escrever, sobre biologia, matemática e tudo que o ensino básico oferece.
Mãe de três filhos, precisou virar noites estudando e trabalhar duro durante o dia para sustentar a família e poder sonhar com um futuro melhor.
Na formatura do curso do EJA, foi a oradora da turma.
Augusto Delfino, 27 anos, Palhoça (SC)
Guto sempre foi apaixonado por esportes, em especial o futebol. Como nasceu com paralisia cerebral, não tem os movimentos do corpo e não consegue falar. Mas a parte cognitiva é perfeita.
Sem se deixar abater pelas dificuldades, em 2017, se tornou a primeira pessoa com paralisia cerebral no Brasil a se graduar em Educação Física.
Sete meses depois, Guto recebeu um convite irrecusável e se tornou auxiliar técnico do time Pura Arte Futebol Clube, que disputaria a Copa do Mundo de Futebol Amador, no Rio de Janeiro.
Os comandos aos jogadores são passados por meio de um software que sintetiza a voz, com auxílio de uma antena e um tablet.
Parar por aí? Nem pensar! Agora, o sonho de Guto é estudar mais, fazer o curso da CBF e se tornar técnica de futebol.
Conclusão
Se pessoas que tem paralisia cerebral ou uma doença que provoca fraturas, ou jovens que não tiveram condições financeiras ou dos quais o acesso à educação foi negado tiveram condições de estudar, por que você não teria?
Claro que cada um de nós tem suas limitações e dificuldades.
Mas histórias como a de Walisson, Guto, Lúcia, Glady e Dowglas nos mostram que, quando se quer de verdade, estudar, chegar a uma faculdade e, quem sabe, ir além, é possível.
Que tal se inspirar nessas histórias de superação nos estudos e ir atrás dos seus sonhos?